sexta-feira, novembro 27, 2015

Chorai guitarras: Morreu Beatriz da Conceição

A fadista Beatriz da Conceição, que recebeu em 2008 o Prémio Amália Rodrigues de Carreira, morreu esta quinta-feira, 27 de Novembro de 2015, no Hospital de S. José, em Lisboa.

Interprete excepcional do fado – ninguém cantou como ela o poema “Meu corpo”, de José Carlos Ary dos Santos, Beatriz da Conceição era natural da cidade do Porto – onde nasceu a 21 de Agosto de 1939 - mas em foi em Lisboa, naturalmente, que descobriu e começou a cantar o fado.
Beatriz, que era costureira no Porto, veio a Lisboa, com um grupo de outras mais raparigas, para conhecer o fado, E conheceu-o no retiro de Márcia Condessa, na Praça da Alegria, paredes meias com o Hot Clube de Portugal. Beatriz da Conceição cantou ao longo da sua carreira em casas de fado como A Viela, Adega Machado, Adega Mesquita, Taverna do Embuçado, O Faia, Parreirinha de Alfama, Painel do Fado, Mesa dos Frades e no Senhor Vinho.

A fadista participou no projecto europeu de divulgação do fado "Lágrimas de Lisboa". Paul van Nevel, o maestro belga que dirigiu a iniciativa, escreveu que Beatriz da Conceição se exprimia com "força contida", e que a sua interpretação era "de uma tal tristeza emotiva, que conseguia imprimir poesia mesmo aos silêncios entre as palavras e versos".
"Na sua voz, os versos de João Dias ('Ovelha negra'), Artur Ribeiro ('Eu nasci amanhã'), Ary dos Santos ('Meu corpo') ou Pedro Homem de Mello ('Porque é que adeus me disseste') ganham alma e uma dimensão maior", segundo a biografia editada em 2008 pela Fundação Amália Rodrigues, quando, em 2008, recebeu o Prémio carreira.
SILÊNCIO: VAI CANTAR BEATRIZ DA CONCEIÇÃO 
Muito se escreveu e muitos escreveram sobre Beatriz da Conceição. Mas nenhum texto revela tanto sobre a fadista como ela própria diz de si na entrevista que deu a Anabela Mota Ribeiro para o Público, em 2012, e que continua acessível no blogue da entrevistadora. 
Leia mas leia mesmo e até ao fim: um grande documento! 
Beatriz da Conceição a Anabela Mota Ribeiro: 

terça-feira, novembro 03, 2015

Feira Popular em Carnide com Metro à porta

Não foi para a Belavista, nem para Monsanto, nem para o Oriente.

A nova Feira Popular de Lisboa vai para Carnide. 


A nova Feira Popular de Lisboa vai ficar instalada na freguesia de Carnide. O anúncio oficial foi feito pelo presidente da Câmara de Lisboa, que adiantou que o novo equipamento “não vai ser só um local de divertimento”, na medida em que surgirá integrado num “grande parque verde” com 20 hectares.  
De acordo com Fernando Medina, “a terceira casa da Feira Popular”, depois de Palhavã e Entrecampos, será “na zona imediatamente contígua à estação de Metro da Pontinha”, uma zona com “acesso directo ao Metro” e no “cruzamento das principais vias viárias da cidade”.

 “O regresso da Feira Popular é um sonho de muitos e muitos lisboetas”, frisou o autarca, acrescentando que “dentro de poucas semanas” o município irá promover “uma sessão pública” para apresentar a sua proposta e também para lançar “uma ampla campanha de recolha de contributos”, por forma a que ele “responda às aspirações mais profundas da cidade de Lisboa”.  
Carnide sucede a Palhavã (1943 - 1956) e Entrecampos (1961 - 2003), na localização da Feira. A Feira Popular de Lisboa fechou portas a 28 de Março de 2003, tendo o então presidente da Câmara, Santana Lopes, anunciado que tencionava criar um novo parque de diversões, mais moderno. Foram precisos 12 anos e outro presidente para decidir voltar a dotar Lisboa da sua Feira Popular.

Ver também:
Onde? Na Feira Popular. Quando? Desde 2003

Que galo!!!

Foi difícil e muito demorada a remoção de uma viatura particular, estacionada em cima da calha do carro eléctrico, em Santos. Para já era hora do almoço e o pessoal dos reboques tem horários e pausas como todo o pessoal. De maneira que juntaram-se eléctricos em espera, alguns com pacientes passageiros lá dentro, sem mais nada que fazer a não ser ... esperar. 
Segundo problema: para que o reboque se metesse entre o primeiro carro e a viatura a rebocar, alguns eléctricos conseguiram recuar um pouco. 
Mas o primeiro "amarelo" não pegou. De maneira que.... que teve que ser ele próprio rebocado. 

Por fim, a pequena viatura que causou todo este sarilho lá foi levada pela PSP. A fila de eléctricos parados era já de 8 carros!  
Quem almoçava nas esplanadas de Santos teve variedades à hora do almoço. 


Texto Beco das Barrelas
Fotos Rita Lello 

sexta-feira, outubro 30, 2015

3.564.041 turistas visitam Lisboa em 2015

Lisboa cresceu 4,9% relativamente aos dados de 2014 no número de visitantes estrangeiros que passaram pela capital portuguesa entre Janeiro e Maio, e projeção para o resto do ano, segundo dados do Global Destinations Cities Index, da Mastercard.
Este ano, 3.564.041 visitantes internacionais vão passar por Lisboa em 2015, contra 3.397.255 no ano passado. 

A despesa realizada pelos estrangeiros em Lisboa diminuiu 0,3%, tendo o gasto por visitante baixado de 541 dólares (490,9 euros) para 515 (cerca de 467,3 euros).
Comparando o número de visitantes internacionais previstos para este ano com os de 2009 verifica-se um aumento na procura da cidade de Lisboa na ordem dos 8,3%, ainda que a receita tenha uma quebra de 4%.


Fotos Beco das Barrelas 

domingo, outubro 04, 2015

A História passa por nós no Rossio


Esta Praça, quando se chamava Rocio foi espaço de feiras e mercados. Era de terra batida mas isso foi uns séculos depois de ser navegável. Ah pois, foi navegável antes do século XII e chamava-se Valverde, nome de um afluente do Tejo. Mais tarde vieram os edifícios e um dos de maior nomeada foi o Hospital de Todos os Santos, do tempo de D. João II, Príncipe Perfeito do século XV. De resto, era mais conventos. O de São Domingos de Lisboa vinha do século XIII mas apanhou dois terramotos – 1531 e 1755 - e foi reedificado no século XIX.
A Praça, ou Rossio, também era de palácios. No Palácio dos Estaus, nas traseiras do Rossio, D. Sebastião recebeu do cardeal D. Henrique o governo do Reino. De onde saiu agora uma esquadra da PSP foi em tempos a Intendência da Polícia. No século XIX, o Rossio era de touradas, festivais, feiras, paradas militares, festas e revoluções. A memória mais negra é a dos autos-de-fé da Inquisição e das execuções capitais.

Na segunda metade do século XIX foi construído no Rossio o Teatro D. Maria II e inaugurada a estátua de D. Pedro IV. O Rossio tem o nome do rei e não se confirma que a estátua seja de Maximiliano do México. D. João VI mandou erguer na Praça um monumento à Constituição de 1820. Dois anos depois, porém, o mesmo monarca a mandou arrasar, após o regresso do absolutismo. Não se pense que virar a casaca é defeito de fabrico da República e da Democracia.
O café Nicola que hoje conhecemos no Rossio tem fachada do século XX. O Nicola original fechou em 1834. Era o poiso habitual de Manuel Maria Barbosa du Bocage e quantos poemas rimam com Nicola! Era grande a concorrência entre Nicola, Brasileira do Rossio, Café Suisso (com dois esses), Café Martinho, Café Chave de Ouro. Este ficou na História por uma frase do General sem Medo: «Obviamente, demito-o».




Quanta História 
quantas histórias 
passam por nós no Rossio. 
E para que o seu fique com seu dono, 
a frase “Passa por mim no Rossio” é um verso de um poema de João Villaret, intitulado Recado a Lisboa:





Lisboa, querida mãezinha
Com o teu xaile traçado
Recebe esta carta minha
Que te leva o meu recado

Que Deus te ajude Lisboa
A cumprir esta mensagem
De um português que está longe
E que anda sempre em viagem

Vai dizer adeus à Graça
Que é tão bela, que é tão boa
Vai por mim beijar a Estrela
E abraçar a Madragoa

E mesmo que esteja frio
E os barcos fiquem no rio
Parados sem navegar
Passa por mim no Rossio

 E leva-lhe o meu olhar

                                                                                João Villaret dizia, 
muitos cantaram,                                                                 Ana Sofia Varela,  
João Braga,
Beatriz da Conceição

Texto e fotos 
Beco das Barrelas


terça-feira, julho 28, 2015

Lisboa vai ter novas regras para os tuk tuks

Tuk
O presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, em entrevista ao jornal Público, anunciou que “a partir de 1 de Janeiro de 2016 todos os tuk tuks têm de ser elétricos” (…) e já a partir de Setembro, os tuk tuks só poderão circular entre as 9h e as 22h. Vão ainda ser definidas áreas de estacionamento e áreas de recolha e largada de passageiros. O autarca disse que estas alterações têm como objetivo este equilíbrio entre os tuk tuks e a vida da cidade”.
Fernando Medina falou ainda sobre a devolução da Feira Popular aos lisboetas, frisando que "não deve ser um parque de diversões Disney," mas sim algo que as pessoas têm no imaginário e querem "mostrar aos seus filhos".
Tuks

“Já temos selecionada a primeira área onde aceitaremos construção para um nova renda acessível. Queremos fazer disto a experiência-piloto do modelo que temos em mente”, revelou o autarca de Lisboa.

sábado, julho 25, 2015

Do Panteão a Belém: ‘Minibus’ gratuito liga espaços culturais

Um ‘minibus' vai fazer dois percursos com passagens por vários museus de Lisboa a partir de 1 de Agosto, de terça-feira a domingo e de forma gratuita.

Os dois percursos passam por "espaços culturais como o Mosteiro dos Jerónimos, a Torre de Belém, o Museu Nacional de Arqueologia, o Museu Nacional dos Coches (antigo e novo), o Panteão Nacional e o Museu Nacional de Arte Contemporânea-Museu do Chiado, entre outros". Estes percursos surgem no âmbito de um protocolo entre a direcção-geral do Património Cultural e uma marca de refrigerantes.

segunda-feira, julho 20, 2015

TAP: Imagem de um Povo

Há um momento da exposição “TAP Portugal: Imagem de Um Povo” em que o visitante se sente necessariamente assaltado por um misto de perplexidade e indignação: é quando um cartaz anuncia: “Nas rotas do Mundo, a presença da TAP prestigia Portugal”. Porque a exposição acontece no preciso momento em que o Governo acabou de vender a TAP, companhia de bandeira, construída à “imagem de um povo”, e a exposição reconstitui essa identidade que se foi criando entre um povo, um país e uma empresa nacional. A TAP, e a exposição, seguiu e segue o curso dessa identificação. Em tempos, um cartaz de promoção da TAP e das suas carreiras africanas, apresentou a História de Portugal, e em particular das descobertas marítimas, como credencial: “Voe com os descobridores: os nossos capitães têm 500 anos de viagens de e para África”.
Vale a pena ver a exposição, e vê-la demoradamente e em pormenor. É como visitar os mais velhos da família, como frequentar a memória.

Tapeçaria de Maria Keil, 1968,
para a delegação da TAP em Copenhaga
Outra perplexidade é a constatação desta política económica que, onde põe a mão, estraga. Houve um tempo em que a TAP transportava mais comodamente os seus passageiros, porque cada avião tinha lotação à medida da comodidade dos passageiros e não para transportar sardinhas em lata; em que os passageiros pagavam viagens mais baratas; em que havia mais pessoal a bordo, do que resultava serviço mais atento e melhor; em que as refeições tinham a marca de qualidade da cozinha, dos vinhos, dos queijos portugueses, e não consistiam numa carcaça descongelada, uma bebida e um café ou chá porque não pessoal para fazer segunda volta; hoje, que se perdeu toda essa qualidade, que se paga muito mais por um serviço muito pior, que os aviões transportam passageiros como gado e cobram tarifas desmesuradas, com muito menos gastos de pessoal… as companhias aéreas – e nomeadamente a TAP – estão sempre na iminência de fechar, de despedir, de cortar qualidade ao serviço.

Não foi há muito tempo que tudo isto era diferente e era melhor. E é lamentável que a aviação comercial voe para trás no respeito pelos passageiros que sustentam as companhias.
A exposição do Museu de Museu do Design e da Moda, em Lisboa, é um bom serviço à memória dos portugueses, sobre cuja identidade levantou voo a Companhia Aérea Nacional, vendida sem respeito pelo povo, pela bandeira, pela história e até mesmo pela economia.
  
 Exposição “TAP Portugal: Imagem de Um Povo - Identidade e Design da Companhia Aérea Nacional (1945-2015)”, inaugurada no MUDE / Museu do Design e da Moda, em Lisboa, onde vai ficar até 25 de Outubro.

Como o título da exposição deixa antever, “TAP Portugal: Imagem de Um Povo - Identidade e Design da Companhia Aérea Nacional (1945--2015)” pode ser lida de duas maneiras. "As peças em exposição traduzem o contributo do design para a consciencialização coletiva da TAP como símbolo nacional e para a identificação dos portugueses com a (sua) companhia de bandeira, assim como o modo como concorreu para a construção e disseminação da imagem de um povo e do seu país além-fronteiras durante os últimos 70 anos", escreve a diretora do MUDE, Bárbara Coutinho, sobre a exposição, cuja curadoria assume.

terça-feira, julho 14, 2015

Lisboa anuncia túneis contra as cheias

A Câmara de Lisboa anunciou que vai construir, até 2019, túneis entre Santa Apolónia e Monsanto e entre Chelas e o Beato para combater as inundações na cidade, num investimento de 170 milhões de euros.
Na apresentação do Plano Geral de Drenagem de Lisboa 2016-2030, o presidente da autarquia, Fernando Medina, classificou este como o "projecto mais importante e estruturante das últimas décadas para o futuro de Lisboa", que visa "combater as inundações na cidade e combater as consequências das cheias e das inundações na vida das famílias e das empresas" que aqui operam.
Das infraestruturas previstas, por um período de 15 anos, a maior é o túnel entre Santa Apolónia, Santa Marta e Monsanto, com um diâmetro de cinco metros e uma extensão de cinco quilómetros.
Este túnel vai desviar os caudais pluviais do caneiro de Alcântara e os caudais das bacias das avenidas da Liberdade, Duque de Loulé e Almirante Reis, evitando inundações na baixa pombalina.
Trata-se, assim, de "uma grande barreira [...], que desvia da zona baixa da cidade uma parte importante dos caudais de água que são os responsáveis pelas inundações mais severas", assinalou Fernando Medina.
O outro túnel ligará Chelas ao Beato e terá uma extensão de mil metros. Em complemento, serão realizadas obras de desconexão de colectores na zona baixa de Xabregas. Será ainda feito um colector de reforço entre as avenidas de Berlim e Infante D. Henrique, com um diâmetro de 2,5 metros.
De acordo com a Câmara de Lisboa, as obras nos túneis serão iniciadas em meados de 2016, para estarem concluídas no final de 2019. Já o colector de reforço começará a ser construído no início de 2017, devendo estar pronto em meados de 2018.

Além destas, serão feitas outras intervenções, como o reforço de colectores, a separação e controlo de caudais e a criação de reservas de armazenamento.

sábado, julho 11, 2015

Há fome em Santos e Tascas no Cais (Sodré)

Revolucionário ou oportunista? Louco ou visionário? Em estado de profunda carência física, social e psicológica o Homem não vê mais saída que tomar o destino nas próprias mãos. Actor  ou Personagem, Advogado ou Criminoso, Algoz ou Vítima, Herói ou Traste, Corajoso ou Desesperado? Após o brutal assassinato de um homem cujo império criminoso ajudou a construir, o Homem confessa perante um público, que acredita ser o seu Juiz, o crime que acabou de cometer. Apoiada no descrédito das instituições e filha da apregoada falência das ideologias nasce e alastra-se a perigosa revolta de um canalha falhado que se vê excluído do sistema que ajudou a criar.

Excertos da vida de um esfomeado

n'A BARRACA

Ficha Artística e Técnica

Texto: Pedro Mota
Encenação, adaptação e concepção plástica: Rita Lello
Selecção musical: Miguel Martins
Interpretação: Ruben Garcia
Apoio: Mariana Norton
Sonoplastia: Ricardo Santos
Iluminação e construção da máquina de cena: Paulo Vargues e Fernando Belo
Cenografia: Ricardo Nogueira
Fotografias: MEF - Movimento de Expressão Fotográfica
M/12


Informações e Reservas
Tel: 213965360 | 213965275 | 913341683 | 968792495 
MAIS INFORMAÇÃO AQUI 

Há tascas no Cais (Sodré)
Picadinho de carapau?
Chamuça de atum?
Salada de polvo?
Mini-hambúrguer anchovado no bolo do caco?
Lagartos de porco alentejano?
Iscas de pato?
Vitela barrosã?

Tarte de batata-doce de Aljezur com sumo e raspa de laranja?
E mais meia centena de outras opções?
Pode ser!
De 10 a 19 de Julho há Tascas no Cais, iniciativa que coloca os petiscos na rota gastronómica dos lisboetas e dos visitantes da capital.
A segunda edição do evento acontece nos Jardins Móveis, no final do recuperado Passeio da Ribeira das Naus, e conta com a participação de quatro restaurantes: Can The Can, Cantina LX, Tasca de Três e a Taberna da Rua das Flores. Estes restaurantes estarão em funcionamento contínuo, propondo iguarias entre os três e os 12 euros.
A bebida fica a cargo das cervejas artesanais que patrocinam a iniciativa: Imperial Stout, Cascade Blond Lager, Munich Dunkel e Bavaria Weiss.
Nos dias da semana a entrada das 12h00 às 17h00 é gratuita. Depois das 17h00, o custo de entrada é de três euros com oferta de uma cerveja.
Horários:
Dia 9 – das 18h00 às 24h00
Dia 10 a 18 – das 12h às 24h
Dia 19 – das 12h00 às 16h00.


quinta-feira, julho 09, 2015

Amália na calçada


AMÁLIA, no traço inigualável de Alexandre Farto, a.k.a. Vihls, executado com calceteiros de Lisboa, Rua de S. Tomé (das Escolas Gerais a caminho da Graça)
Foto Beco das Barrelas

quarta-feira, julho 08, 2015

Hemeroteca reabriu nas Laranjeiras... provisoriamente

A Hemeroteca Municipal de Lisboa, encerrada desde Setembro de 2013, reabriu nas Laranjeiras, rua Lúcio de Azevedo 21-B, onde irá funcionar provisoriamente.
O espaço visa assegurar as funções nucleares da Hemeroteca, com destaque para a consulta, imediata ou mediante requisição, da coleção em catálogo de 22 mil títulos de publicações periódicas.
A Hemeroteca reabre, segundo a CML, "valorizada por uma coleção especializada de monografias em comunicação social, wi-fi gratuito, postos de acesso à Internet, zona de leitura informal, atividades culturais e de promoção das literacias, e sala para grupos mediante reserva. Finalmente, assegura o acesso aos serviços transversais da Rede de Bibliotecas de Lisboa, designadamente o empréstimo intra-bibliotecas".
A Hemeroteca Municipal de Lisboa fechou no início de Setembro de 2013, tendo os seus serviços passado para a Biblioteca Camões. Em Março do ano passado, o serviço de encaminhamento de utilizadores da Hemeroteca deixou aquela biblioteca e começou a funcionar por telefone e e-mail.
Segundo os jornais, as instalações das Laranjeiras não são definitivas. Embora a CML tenha abandonado o projecto de instalar a Hemeroteca na Lapa, a ideia de instalar definitivamente a Hemeroteca Municipal continua no ar.
O espaço onde funcionava a Hemeroteca, na Rua da Misericórdia, o Palácio dos Condes de Tomar, é agora património da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.

segunda-feira, julho 06, 2015

Lisboa com menos de 50 euros no bolso

O jornal El Mundo presta uma vez mais atenção à cidade de Lisboa, desta vez traçando um guia de visita para tirar o maior partido da cidade, com 50 euros no bolso. E a primeira constatação que faz é que “é possível”, “apesar do IVA a 23 por cento em Portugal”.
Primeiro empate de capital: 6 euros num passe de transporte, com 50 cêntimos à cabeça para o cartão Sete Colinas. Munido do passe, duas opções: uma, subir a São Pedro de Alcântara pelo elevador da Glória, ou a Santa Catarina pelo da Bica, e desfrutar a paisagem panorâmica de Lisboa, em qualquer dos casos com o Tejo em fundo. O passe também pode levar o visitante a viajar no eléctrico 28 pela Lisboa Antiga, ou pelo 15 até ao novo Museu dos Coches: mais 6 euros para entrar. Na zona de Belém há muito para ver: a Torre, os Jerónimos, o CCB, os Pastéis de Belém.

No regresso ao centro da cidade, El Mundo recomenda uma paragem em Alcântara, sob a ponte, no LX Factory e em particular na livraria Ler devagar. Pode gastar ou não dinheiro, o prazer de ver não custa nada.
É como ver a Ribeira das Naus e a Praça do Comércio, a cidade à beira do Rio, carregada de História e de simbologia.




El Mundo acrescenta que por menos de 15 euros se come bem na Rua do Arsenal ou, se preferir, no Martim Moniz, comida étnica.

Para a noite, programas não faltam e são variadíssimos. Diz El Mundo que se bebe entre 5 e 7 euros. Mas nesta fase do campeonato, o visitante ainda tem 18 euros no bolso. O melhor será recomeçar a visita e alargar mais os cordões à bolsa. 
CONSULTE AQUI O TEXTO DE EL MUNDO 
Fotos Beco das Barrelas 

quinta-feira, junho 25, 2015

Bairro Alto reclama menos lixo e pouco barulho

Moradores do Bairro Alto exigem soluções para os problemas de ruído e lixo causados pela actividade nocturna na zona, reconhecendo a presidente da Junta de Freguesia da Misericórdia que "não tem resolução fácil".
Cerca de 40 residentes na freguesia da Misericórdia, em Lisboa, marcaram presença na reunião pública do executivo na quarta-feira, que terminou cerca das 23 horas, na qual manifestaram o desagrado e o incómodo pelo barulho e a sujidade na via pública devido aos bares nas zonas do Bairro Alto, Cais do Sodré, Bica, Santa Catarina, Príncipe Real e Praça das Flores.


A presidente da Junta de Freguesia da Misericórdia, Carla Madeira, pretende que o despacho da Câmara de Lisboa em que os bares do Cais do Sodré, de Santos e da Bica passaram a fechar às 02:00 nos dias úteis e às 03:00 ao fim de semana, enquanto podiam funcionar até às 04:00 anteriormente, seja alargado a todas as zonas da freguesia, de forma a diminuir o ruído, que é a principal queixa dos moradores.

Outros moradores, presentes na reunião, levantaram a questão do lixo excessivo que se encontra nas ruas destes bairros, na dificuldade que é encontrar estacionamento a certas horas da noite ou ao fim de semana, nas cargas e descargas feitas sem regulação, no desordenamento em que se encontram algumas esplanadas, nos buracos da calçada e no despovoamento do centro da cidade.
Fotos Becos das Barrelas 

quarta-feira, junho 24, 2015

Atira-te ao rio

 Novos projectos ameaçam transformar a frente ribeirinha em novos maciços de construção, com grandes edifícios de escritórios. Segundo o jornal Expresso, à nova sede da EDP vai acrescentar-se a futura sede da Abreu Advogados - 8000 m2 de área bruta de construção reconvertidos, com 100 metros de fachada frontal para o rio, situada mesmo em frente ao local onde irá nascer o Terminal de Cruzeiros.

«O mercado está a trabalhar soluções de escritórios, de habitação e de espaços comerciais e nós também estamos a acompanhar essa dinâmica», disse ao Expresso um administrador da Fidelidade Property, que é participada em 85% pelos chineses da Fosun.
O ateliê de arquitetura Openbook, que fez o projecto da futura sede da Abreu, tem na sua carteira quatro projetos de média e grande dimensão para o eixo Santos-Santa Apolónia a terminarem entre finais de 2016 e meados de 2017. Os dois da Fidelidade (onde se inclui a sede da Abreu) e outros dois pertencentes a fundos de investimento nacionais.


E O OCEANÁRIO DE LISBOA FOI MESMO PARA A SOCIEDADE QUE É O MAIOR ACCIONISTA DO GRUPO JERÓNIMO MARTINS, PATRÕES DO PINGO DOCE
Fotos Beco das Barrelas

terça-feira, junho 23, 2015

Jardim do vereador: são rosas e mais alguma coisa

Que grande jardim se pode construir em Santa Apolónia! 
O vereador Manuel Salgado, uma espécie de Cardeal Richelieu da CML, todo-poderoso, governando por si e para si, acima de programas e maiorias, que já por diversas vezes tem antecipado decisões da Câmara sempre polémicas, impopulares e de interesse público duvidoso,  admitiu agora, numa perspectiva de longo prazo, o encerramento da estação de Santa Apolónia.
O engodo para a novidade é que o encerramento da estação de Santa Apolónia daria lugar a um jardim com ligação ao rio Tejo.
São rosas, senhores!!! 
Rosas mas também, como anuncia um jornal de terça-feira, um hotel. Qualquer dia ainda sabemos que o jardim é privado do hotel. 
E o mais que adiante se verá. 



"Vendido"
O Parlamento já anunciou a abertura de um inquérito à exibição de uma faixa de pano na janela do salão nobre com a palavra "vendido".
Isto porque São Bento, como se pode calcular, é "indevendivelmente" público. 

segunda-feira, junho 22, 2015

Avanza subconcessão do Metro e Carris de Lisboa

Quem terá arrematado São Bento esta tarde? China, França, Alemanha, Brasil, Angola?

Acção do Grupo Eu Não Me Vendo 



 Avanza, grupo espanhol que por sua vez é detido pela ADO mexicana, vai receber mil e setenta e cinco milhões de euros do Estado para assegurar durante oito anos a subconcessão da Metro de Lisboa e da Carris.
O grupo espanhol, operador privado em 28 cidades espanhol e ainda em Vila Real de Covilhã, opera mais de 1.750 autocarros, aos quais juntará agora os 635 veículos da Carris e as 338 carruagens do metropolitano de Lisboa. 
O grupo Avanza emprega mais de 4.800 pessoas, contará a partir de agora com os mais de quatro mil funcionários do metropolitano de Lisboa e da Carris.

Segundo cálculos do Governo, a subconcessão deverá permitir grandes poupanças ao Estado.





Na semana passada o Governo vendeu à pressa e a preço de ocasião a TAP. Anteriormente já tinha passado a ANA, os CTT, a PT, o resto da EDP. Seguem-se os resíduos sólidos, o Oceanário de Lisboa e a água.

sexta-feira, junho 19, 2015

A Graça ganhou um Jardim

O Jardim da Cerca da Graça, localizado no centro de Lisboa e que liga a Mouraria à Graça, foi inaugurado esta semana.
O jardim com uma área de 1,7 hectares, além de ser “o maior espaço verde de acesso público da zona histórica” de Lisboa, vai permitir a ligação entre os bairros da Graça e da Mouraria, através de entradas junto ao Caracol da Graça, na Calçada do Monte e na Rua Damasceno Monteiro.
O Jardim da Cerca da Graça é constituído por um pomar, um parque infantil, uma zona de merendas e um quiosque com esplanada. Este último espaço será explorado pela associação Cozinha Popular da Mouraria, que promove a troca de saberes e partilha de refeições.
As obras do Jardim prolongaram-se por vários anos devido à existência de uma carreira de tiro militar na zona e a investigações arqueológicas.


quarta-feira, junho 17, 2015

Família Pingo Doce concorre ao Oceanário

A Fundação Francisco Manuel dos Santos, dos donos do Pingo Doce, é candidata à concessão do Oceanário de Lisboa.
No limite do prazo tinham apresentado propostas para a concessão do Oceanário o grupo espanhol Aspro Parks (proprietário do parque de diversões aquáticas Aqualand, em Alcantarilha, a empresa portuguesa Mundo Aquático (gestora do parque algarvio Zoomarine), a Fundação Francisco Manuel dos Santos 
(da família Soares dos Santos), o grupo francês Compagnie des Alps (administrador de mais de uma dezena de parques de lazer, museus e áreas de esqui) e a espanhola Parques Reunidos, que gere 56 parques na Europa, nos Estados Unidos e na Argentina.

O Governo aprovou em abril passado as bases de concessão do Oceanário de Lisboa e um diploma relativo à venda das ações da sociedade que gere o equipamento, "garantindo-se a manutenção da propriedade" na esfera do Estado.
O concorrente privado que ficará com a concessão da sociedade, e consequentemente a gestão do Oceanário, será escolhido em Julho, anunciou o ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia.

Fotos Beco das Barrelas

terça-feira, junho 16, 2015

Orçamento Participativo recolheu quase 500 propostas

Para a edição de 2015 do Orçamento Participativo de Lisboa foram apresentadas 481 propostas para todas as freguesias da cidade. A maioria das propostas visa a área de espaço público e espaços verdes (138), seguida de infraestruturas viárias (97 propostas) e da área da educação, juventude e desporto (46).

Decorre agora o período de análise e consulta sobre as propostas às juntas de freguesia. A 21 de Setembro será publicada a lista provisória de projectos e a 5 de Outubro começa a votação.

No ano passado registaram-se mais propostas apresentadas (660), mas a tendência tem sido de concentração de propostas e multiplicação das votações. Em 2014 mais de 36 mil pessoas votaram no Orçamento Participativo de Lisboa.