terça-feira, janeiro 15, 2013

À mesa no Bairro Alto

O Bairro Alto tem oferta para todas as horas do dia e da noite e há quem se queixe disso e com certa razão. Mas há uma oferta que faz do Bairro um local procurado a horas decentes e que fortalece a economia local. Ou, pelo menos, fortalecia até “à crise”: a restauração.
Tasca do Manel, na esquina da R. da Barroca
com a Trav. dos Fiéis de Deus
O Bairro Alto tem um pouco mais de uma centena de restaurantes - número variável com aberturas e fechos - com todo o tipo de menu e de serviço. Do requintado Pap'Açorda à mais humilde taberna, da boa cozinha portuguesa do Farta Brutos, do 1º de Maio, ou da Tasca do Manel, à cozinha italiana, espanhola, francesa, brasileira, árabe, chinesa, japonesa, tibetana, paquistanesa, russa, vegetariana, eu sei lá que mais. E há os restaurantes / casas de fado, onde por melhor que seja o fado, comer não é certamente a melhor recomendação.
Farta Brutos, esquina da Trav. da Espera
com a R. das Gáveas
Se incluirmos os arredores, a oferta alarga-se desde o Belcanto, do chefe José Avilez, no largo do São Carlos, ao Faz Frio, uma velha tasca de marinheiros, com duas pequenas salas para reservados, na Rua D. Pedro V; ou do finório e muito caro Aqui há Peixe, na Rua da Trindade, ao popular café Buenos Aires, nas Escadinhas do Duque.
Há uma década, muita coisa era bem diferente, o melhor crítico português de gastronomia, David Lopes Ramos (1948 - 2011), distinguiu três restaurantes do Bairro Alto: o Pap’Açorda, Rua da Atalaia, como “casa de culto e com toda a justificação”; o 1º de Maio, que ainda era do senhor Santos, Rua da Atalaia, como “lugar de frequência obrigatória para quem gosta de comer do bom e de beber do melhor”; e o Casanostra, travessa do Poço da Cidade, “espaço de cozinha italiana moderna e muito bem feita”. Talvez o grande David corrigisse hoje um ou outro ponto da sua opinião.

Por nossa conta e risco, com base nos critérios de qualidade e da relação qualidade / preço, arriscamos uma lista de recomendações: Antigo 1º de Maio, Rua da Atalaia, 8; As Salgadeiras; Rua das Salgadeiras, 18; Caracol, Rua da Barroca, 13; Casanostra, Travessa do Poço da Cidade, 60; Farta Brutos, Travessa da Espera, 20; Tasca do Manel, Rua da Barroca, 24; Ali-à-Papa, cozinha árabe, Rua da Atalaia, 95; Rosa da Rua, Rua da Rosa, 265; para quem possa pagar sem olhar para a conta, o Pap’Açorda, Rua da Atalaia, número 57.
Bom apetite e bom proveito.

Texto e fotos Beco das Barrelas
/ Direitos reservados
À memória do David
 

Ver também:

Uma Palmeira na Baixa

 

O Pátio das comidas

 

Burras assadas é no Beco das Surradores

 

Da Mensagem ao miniprato

 

A tradição já não é o que era

 

Stop! Paragem obrigatória

 

Comes e bebes

 

Bom, abundante e bem confecionado

Sem comentários:

Enviar um comentário