sábado, novembro 10, 2012

il Fado


18 fados de Lisboa
O fado é português e é universal, património imaterial da Humanidade.
As suas raízes são objeto de constante estudo e descoberta. Mas para cantá-lo é preciso ter mais alguma coisa que voz: é preciso uma identidade e um sentimento.

Já todos ouvimos tentativas melhor ou pior conseguidas de cantores estrangeiros ensaiando esse difícil exercício de cantar o fado - o João Braga diz “cantar ao fado”. Em 2001, por iniciativa do guitarrista italiano Marco Poeta, juntaram-se os cantores Francesco Di Giacomo (tenor), Elisa Ridolfi e Eugenio Finardi. E da iniciativa saiu um disco com 18 faixas de fados e guitarradas. Marco Poeta é um extraordinário guitarrista que conhece Lisboa, os ambientes do fado e a guitarra portuguesa. Di Giacomo também esteve em Lisboa, estudou os poetas e canta o fado na língua de Luís de Camões. Finardi canta-o na língua de Dante Alighieri. É uma curiosa experiência.

Eugenio Finardi na atualidade
disco dos anos rebeldes
Eugenio Finardi tem atualmente 60 anos, é natural de Milão, é cantor, autor e compositor, guitarrista e pianista. Fez carreira a partir dos anos 70, inicialmente muito ligado ao grupo Area, depois como cantor e autor de rock’n’roll e jazz rock. As letras das suas canções refletiam um espírito rebelde e o idealismo daquela geração. No final da década de 70 esteve em Lisboa para atuar na Festa do Avante, no Vale do Jamor.

O disco Fado é uma homenagem de grandes músicos italianos a Lisboa e ao fascínio do Fado Lisboeta (Carlos Dias e Amadeu do Vale). Avaliem Eugenio Finardi e apreciem o virtuosismo do guitarrista Marco Poeta.

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